Uma face incompleta

Hey gente, tudo bem com vocês? 

Resolvi escrever esse post porque precisava desabafar e tirar um pouco dos pensamentos que mais me estão angustiando. 

Desde quando começou essa história de Coronavírus, pandemia mundial e isolamento social, tudo mudou! Mudou nossa rotina, mudou nosso modo de pensar e enxergar o mundo, mudou nosso comportamento e relacionamento com as pessoas. 

O que eu sinto mais falta no entanto, além de poder estar com as pessoas que eu gosto, é poder ver o rosto das pessoas, é tão estranho você ir no mercado e ver todo mundo de máscara e não conseguir ver um sorriso sequer, ficamos a mercê apenas de uma parte do todo, uma incompleta face, um rosto que se torna cada vez mais distante e irreconhecível. 

Eu nunca imaginei que estaria vivenciando algo num cenário tão distópico. Não só eu, mas como todo mundo. Com certeza, as próximas gerações vão ter em seus livros de história que não existiu apenas uma peste negra na Idade Média, mas também um vírus que no século XXI foi capaz de desestabilizar toda uma sociedade, fazendo com que a economia, a política e todos os pilares que a sustentam fossem simplesmente corroídos com a evolução do vírus. 

Vidas foram perdidas, funcionários foram desligados, grandes empresas fecharam as portas, tudo foi se esvaindo e nada que fizéssemos para tentar fechar a válvula parecia adiantar. E a esperança que é a única coisa que podíamos nos agarrar era o sentimento de maior valia. 

Além disso, o vírus não vem sendo o único impasse que temos que enfrentar diariamente, os protestos antirracistas nos EUA, o presidente do Brasil dizendo que o isolamento social é desnecessário, a homofobia latente e o machismo crescente. 

Segundo Immanuel Kant, “o homem é aquilo que a educação faz dele”, e eu me pergunto: Será que tal mudança no mundo foi capaz de provocar mudanças além da materialidade? Ou seja, será que a subjetividade de valores foram mudados? Será que pensamentos, crenças, dogmas serão revistos? A empatia vai ser mais valorizada daqui em diante? E eu espero, sinceramente que para cada pergunta, um SIM seja assinalado. 

Eu sinto falta do abraço apertado, do sorriso estampado no rosto, das risadas gostosas, de estar com quem me faz bem, da rotina corrida . E o meu principal aprendizado nesse período é que a empatia é um sentimento essencial e que momentos são efêmeros, por isso quero valorizar e vivenciá-los o máximo que puder. 

E deixo seguinte reflexão para você: Será que somos tão vítimas assim? Ou estamos apenas contribuindo para algo sem volta? 

Grande abraço e até o próxima post! 

 

Atenciosamente,

Nataniel Totti